Cultura
Digital
Cultura
Digital por Regiane Corrêa
A cultura digital hoje está presente em nossas vidas
desde os primeiros anos de vida. Nos comunicamos, aprendemos, trocamos idéias,
tudo através de intrefaces de computadores, tablets, celulares e até brinquedos
interativos para criançãs a partir de seus primeiros anos de vida. O ser humano
desde os primordios necessita se comunicar utilizando ferramentas e, o que
mudou foi a forma de interação com essas ferramentas e o tipo de ferramentas
criadas para a comunicação que hoje é em massa, podemos acessar em qualquer
tempo e em qualquer lugar devido ao advento da tecnologia que é representada
por instrumentos do qual nos servimos; para troca de conhecimento.
A partir de debates realizados por Pierre Lévy e
segundo ele criador do conceito inteligencia coletiva “ os seres humanos são
incapazes de pensar só e sem auxílio de qualquer ferramenta”. Onde
relacionou-se ás tecnologias da inteligencia com o conceito da inteligencia
coletiva.
As tecnologias da inteligencia são representadas
pelas linguagens, os sistemas de signos, recursos lógicos e pelos instrumentos
dos quais nos servimos, o termo inteligencia coletiva se define por uma
inteligencia distribuida por toda parte, com o objetivo de troca de conhecimento
e enriquecimento entre as pessoas. A inteligencia coletiva é o que resulta da
Cultura Participativa.
Cultura
participativa é uma expressão designada para representar a
forma como a sociedade contemporânea desde o surgimento e adesão popular da
INTERNET tem se distanciado cada vez mais da condição de receptora
passiva. Produzir conhecimento e disseminar informações e ideias tornou-se uma
realidade recorrente. Segundo Henry Jenkins "um dos mais importantes
e influentes pesquisadores da mídia na atualidade, o público encara a “Internet
como um veículo para ações coletivas - soluções de problemas, deliberação
pública e criatividade alternativa”. A cultura participativa propiciada pelo
caráter interativo da Internet é uma mudança no modo como as pessoas se relacionam
com os meios de comunicação, o que faz com que os papéis de produtores e
consumidores de informação se alterem.
Na
cultura participativa é necessário que os consumidores interajam intensamente
criando e circulando conteúdos, criando um potencial para a Internet de ser um
poderoso instrumento de mobilização política, social e cultural. Esse novo
cenário é proporcionado por novos meios de comunicação que tem como
característica permitir mais participação e interação que os antigos, sendo os
novos meios mais “dispersos, descentralizados e facilmente disponíveis. A
cultura participativa enxerga os consumidores de mídia como possíveis
participantes que interagem para formar novos conteúdos. O consumidor em seu
novo papel passa a ser ativo, produtivo e sociável, podendo assim expressar sua
criatividade e agir com maior liberdade.
Assim,
na cultura participativa o público reconfigura sua função e ganha poder, em
parte devido às tecnologias de comunicação pós-modernas e passam a participar
intimamente no modo de fazer cultura.
A
participação e a Inteligência Coletiva tem vínculo direto com a atual convergência das mídias,
uma transformação tecnológica, mercadológica, cultural e social que faz com que
os conteúdos de diferentes mídias estabeleçam conexões e circulem através de
sistemas administrativos e limites territoriais distintos. A convergencia é uma
transformação cultural.
Cultura da Convergência é um termo desenvolvido por Henry Jenkins em livro homônimo publicado em 2009 pela
Editora Aleph. O termo pode ser relacionado a três fenômenos: convergência dos
meios de comunicação, cultura participativa e inteligência coletiva.
Nas palavras do autor, convergência é "o
fluxo de conteúdos através de múltiplas plataformas de mídia, a cooperação de
múltiplos mercados midiáticos e o comportamento migratório dos públicos dos meios
de comunicação que vão a quase qualquer parte em busca das experiências de
entretenimento que desejam".
A proposta de convergência não é essencialmente
tecnológica, mas sim, cultural. O processo de criação de novas plataformas
existe devido a uma necessidade social e está relacionada ao fluxo de imagens,
ideias, histórias, sons e relacionamentos. O viés tecnológico é representado
pelos aparelhos multifuncionais, com diversas mídias convergindo para um só
aparelho.
A convergência se relaciona ao fluxo de conteúdos
através de múltiplos suportes tecnológicos de comunicação, à cooperação entre
múltiplos mercados midiáticos e ao comportamento migratório dos públicos dos
meios de comunicação, que vão a quase qualquer parte em busca de informação e
experiências de entretenimento que desejam.
Estamos passando por um processo de universalização
de cibercultura, na medida em que estamos dia-a-dia mais imersos nas relações
de comunicação produção de conhecimento que ela nos oferece. “Lévy traça suas percepções sobre a o crescimento do
ciberespaço, novo meio de comunicação que surge da interconexão de computadores
e o consequente surgimento da cibercultura. Segundo ele, “a cibercultura
expressa o surgimento de um novo universal, diferente das formas que vieram
antes dele no sentido de que ele se constrói sobre a indeterminação de um
sentido global qualquer” (LÉVY, 1999, p. 15).”
Neste sentido,
Lévy coloca em cheque a organização do sistema educacional e o papel do
professor. Ambos devem levar em conta o crescimento do ciberespaço e o avanço
da cibercultura.
Referências
Aluna: Regiane Corrêa
Curso: Licenciatura em Educação Profissional Tecnológica
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