domingo, 10 de fevereiro de 2019

Cultura Digital - Aluna Regiane Corrêa


Cultura Digital
Cultura Digital por Regiane Corrêa
A cultura digital hoje está presente em nossas vidas desde os primeiros anos de vida. Nos comunicamos, aprendemos, trocamos idéias, tudo através de intrefaces de computadores, tablets, celulares e até brinquedos interativos para criançãs a partir de seus primeiros anos de vida. O ser humano desde os primordios necessita se comunicar utilizando ferramentas e, o que mudou foi a forma de interação com essas ferramentas e o tipo de ferramentas criadas para a comunicação que hoje é em massa, podemos acessar em qualquer tempo e em qualquer lugar devido ao advento da tecnologia que é representada por instrumentos do qual nos servimos; para troca de conhecimento.
A partir de debates realizados por Pierre Lévy e segundo ele criador do conceito inteligencia coletiva “ os seres humanos são incapazes de pensar só e sem auxílio de qualquer ferramenta”. Onde relacionou-se ás tecnologias da inteligencia com o conceito da inteligencia coletiva.
As tecnologias da inteligencia são representadas pelas linguagens, os sistemas de signos, recursos lógicos e pelos instrumentos dos quais nos servimos, o termo inteligencia coletiva se define por uma inteligencia distribuida por toda parte, com o objetivo de troca de conhecimento e enriquecimento entre as pessoas. A inteligencia coletiva é o que resulta da Cultura Participativa.
Cultura participativa é uma expressão designada para representar a forma como a sociedade contemporânea desde o surgimento e adesão popular da INTERNET tem se distanciado cada vez mais da condição de receptora passiva. Produzir conhecimento e disseminar informações e ideias tornou-se uma realidade recorrente. Segundo Henry Jenkins "um dos mais importantes e influentes pesquisadores da mídia na atualidade, o público encara a “Internet como um veículo para ações coletivas - soluções de problemas, deliberação pública e criatividade alternativa”. A cultura participativa propiciada pelo caráter interativo da Internet é uma mudança no modo como as pessoas se relacionam com os meios de comunicação, o que faz com que os papéis de produtores e consumidores de informação se alterem.
Na cultura participativa é necessário que os consumidores interajam intensamente criando e circulando conteúdos, criando um potencial para a Internet de ser um poderoso instrumento de mobilização política, social e cultural. Esse novo cenário é proporcionado por novos meios de comunicação que tem como característica permitir mais participação e interação que os antigos, sendo os novos meios mais “dispersos, descentralizados e facilmente disponíveis. A cultura participativa enxerga os consumidores de mídia como possíveis participantes que interagem para formar novos conteúdos. O consumidor em seu novo papel passa a ser ativo, produtivo e sociável, podendo assim expressar sua criatividade e agir com maior liberdade.
Assim, na cultura participativa o público reconfigura sua função e ganha poder, em parte devido às tecnologias de comunicação pós-modernas e passam a participar intimamente no modo de fazer cultura.
A participação e a Inteligência Coletiva tem vínculo direto com a atual convergência das mídias, uma transformação tecnológica, mercadológica, cultural e social que faz com que os conteúdos de diferentes mídias estabeleçam conexões e circulem através de sistemas administrativos e limites territoriais distintos. A convergencia é uma transformação cultural.

Cultura da Convergência é um termo desenvolvido por Henry Jenkins em livro homônimo publicado em 2009 pela Editora Aleph. O termo pode ser relacionado a três fenômenos: convergência dos meios de comunicação, cultura participativa e inteligência coletiva.
Nas palavras do autor, convergência é "o fluxo de conteúdos através de múltiplas plataformas de mídia, a cooperação de múltiplos mercados midiáticos e o comportamento migratório dos públicos dos meios de comunicação que vão a quase qualquer parte em busca das experiências de entretenimento que desejam".
A proposta de convergência não é essencialmente tecnológica, mas sim, cultural. O processo de criação de novas plataformas existe devido a uma necessidade social e está relacionada ao fluxo de imagens, ideias, histórias, sons e relacionamentos. O viés tecnológico é representado pelos aparelhos multifuncionais, com diversas mídias convergindo para um só aparelho.
A convergência se relaciona ao fluxo de conteúdos através de múltiplos suportes tecnológicos de comunicação, à cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e ao comportamento migratório dos públicos dos meios de comunicação, que vão a quase qualquer parte em busca de informação e experiências de entretenimento que desejam.
Estamos passando por um processo de universalização de cibercultura, na medida em que estamos dia-a-dia mais imersos nas relações de comunicação produção de conhecimento que ela nos oferece. “Lévy traça suas percepções sobre a o crescimento do ciberespaço, novo meio de comunicação que surge da interconexão de computadores e o consequente surgimento da cibercultura. Segundo ele, “a cibercultura expressa o surgimento de um novo universal, diferente das formas que vieram antes dele no sentido de que ele se constrói sobre a indeterminação de um sentido global qualquer” (LÉVY, 1999, p. 15).”
Neste sentido, Lévy coloca em cheque a organização do sistema educacional e o papel do professor. Ambos devem levar em conta o crescimento do ciberespaço e o avanço da cibercultura.
Referências

Aluna: Regiane Corrêa
Curso: Licenciatura em Educação Profissional Tecnológica

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