Cultura Digital por Raquel Cunha Duwe
Segundo Martin Barbero (2004): a cultura
digital pode ser pensada como uma cultura permeada pelas tecnologias que
remete. Podemos considerar todos os recursos utilizados no nosso dia-a-dia
algumas pessoas utilizam alguns softwares outras alguns aplicativos outras
algum tipo de equipamento. A cultura digital ela vai possibilitar mudanças nas
formas de comunicação por exemplo atualmente é possível que o pai chama os
filhos para o almoço através de uma mensagem num aplicativo. Esse é um exemplo
da tecnologia influenciando na nossa cultura.
A inteligência coletiva pressupõe que todos
contribuem com a construção do conhecimento. Ela contrasta com a ideia do
paradigma do expert, sendo este ultimo aquele que considera que um sabe e o
outro não. A inteligência coletiva contém a inteligência dos vários indivíduos e
mescla elas, criando novas ideias coletivas a partir das individuais.
A Cultura Participativa contrasta com a
passividade. Eu ser inidividual talvez não tenha voz, mas juntando a minha voz
com a de outras pessoas passo a ter voz forte, e mudar decisões políticas ou
comerciais, inclusive. Como um exemplo, nesse final de semana a mobilização de
internautas no facebook forçou um rápido julgamento do homem que atropelou e
matou duas pessoas numa BR em Santa Catarina. Em um dia.
A convergência de meios não é só a junção
de vários meios de comunicação, mas a digitalização de meios analógicos por
exemplo, transformando um livro num áudio livro, ou e-book, e disponibilizando
uma musica de Disco de Vinil no iTune. A distribuição dessa produção cultural
fica descentralizada e muito mais rápida.
Conforme a professora Lea Fagundes, no
passado havia tanto conhecimento que as pessoas tinham que se especializar. Um estudo da University of Southern
California, divulgado em 2011, indica que cada um de nós recebe, por dia, uma
quantidade de informações equivalente a 174 jornais – cinco vezes mais
informações do que recebíamos em 1986.
Gilberto Gil fala em sua musica Pela Internet sobre as mudanças culturais no
inicio do uso da Internet, pois els viveu sem internet e se adaptou a isso. Mas
as novas gerações já nascem inseridas nesse meio e o utilizam no dia-a-dia e
para tudo. Gilberto Gil escreveu então a nova musica, Pela Internet 2, aonde é
possível perceber as diferenças ocorridas, como por exemplo: Sites de
gigabytes, agora possuem Terabytes. O intuito inicial de criar debate e
discussões a respeito de qualquer tema, agora mais parece doutrinação,
transformando os usuários em “peixes pescados”, presos na rede.
O filósofo Pierre Levy é um dos nomes mais
influentes quando o assunto é a tecnologia na educação e no desenvolvimento
humano.
O estudo da cibernética está presente nas
obras de Pierre Lévy desde o começo de sua trajetória profissional, na década
de 1980, quando ele se dedicava a entender o impacto da invenção do computador
na sociedade. Ainda nos primórdios da internet, o filósofo passou a analisar
como a ação humana nos meios digitais pode se converter em uma forma de
empoderamento e desenvolvimento humano. Daí temos a ligação de cibernética e
cibercultura.
Para Pierre Lévy, o conceito de
inteligência coletiva baseia-se no compartilhamento de nossas funções
cognitivas – como o raciocínio e a capacidade de pensamento –, com a aptidão
que temos para a competição. A ideia de inteligência coletiva, para o filósofo,
nasceu junto com a linguagem e não com as tecnologias contemporâneas, mas é
evidente que a revolução impulsionada pela vida digital – com cada vez mais
recursos que permitem a cooperação – contribui para o exercício do
desenvolvimento coletivo.
Fonte: https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/nossas-novidades/reportagens/pierre-levy-o-filosofo-da-cibercultura/
Acesso em: 19 fev. 2019
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