quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Cultura Digital por Heloisa Jacobs Strube




A "cultura digital" pode ser definida como a habilidade para comunicar ou mesclar qualquer produto baseado em uma linguagem comum digital. É a união entre a cultura e o digital, possibilitando a distribuição e divulgação das informação.
Através deste acesso instantâneo a informações, é possível compartilhar experiências e participar da construção de conhecimento através dos meios digitais.
É a formação de modo interativo na produção intelectual, gerando novas formas de comunicação e aprendizado.



O conceito de inteligência coletiva traz a ideia de partilhamento de memórias, percepções e imaginação, resultando na aprendizagem coletiva e na troca de conhecimento, sendo esta troca através de meios de recursos mecânicos como a internet.

Já do conceito de "cultura participativa" depreende-se como a expressão designada para representar a forma como a sociedade, desde o surgimento e disseminação da internet, tem se distanciado cada vez mais da condição de receptora passiva.

Noutra banda, o conceito de "convergência de meios" designa a tendência que os meios de comunicação  estão aderindo para se adaptar a difusão da internet na sociedade; é a convergência de várias mídias, como, por exemplo, o jornalismo que aderiu versões digitais. 

No que se refere a versão da letra da música de Gilberto Gil de 1996 e a lançada em 2018, primeiramente podemos identificar as palavras utilizadas na letra de 96 tratando-se de conceitos e terminologias básicas da informática à época, delatando o início da difusão da internet e da informática até então. Como se verifica na utilização das palavras "gigabyte", "homepage", "internet", "e-mail", etc.
Já na letra lançada em 2018, verificamos que as terminologias foram substituídas pela linguagem virtual contemporânea, através da menção de nomes de vários aplicativos como "whatsapp", "instagram" e da plataforma "itunes".

Sobretudo, o que mais se destaca é o diferente "tom" impresso em cada versão. Enquanto a versão antiga faz alusão ao meio virtual com bom humor e tonalidade apologética, na versão atual se sobressai um tom de deboche, de crítica a infinitude de recursos existentes que se tornaram demasiados. Como, por exemplo, na expressão "Estou preso na rede/Que nem peixe pescado", "Cada dia nova invenção/É tanto aplicativo que eu não sei mais não".

Para Pierre Lévy, é através da "inteligência coletiva" os os indivíduos têm a sua inteligência acumulada através de suas vivências pessoais; elas servem como um modo de interação social.

Ele ainda conceitua ciberespaço como o espaço de reunião de infinidade de mídias e interfaces que podem ser encontradas tanto em mídias como: jornais, revistas, rádio, cinema, tv, que permitam a interação ao mesmo tempo ou não, tais como chats, fóruns de discussão, entre outros.

Desta forma, fazendo um paralelo entre o pesquisado e as expressões trazidas por Lévy, podemos dizer que a sociedade atual modificou sua forma de interação e até mesmo suas relações interpessoais com o advento e difusão da internet, bem como todas as mídias e meios de comunicação impresso, televisivo, radiofônico, etc.
A importância hoje da internet é tanta que interfere diretamente no cotidiano da vida das pessoas,  nas relações trabalhistas, em seu modo de pensar, agir. Os meios de tecnologia fizeram da internet um "lugar-comum" em que as pessoas tem a sensação de estarem inseridas na sociedade.

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