domingo, 17 de fevereiro de 2019

Cultura Digital por Rodrigo Guilherme Backes


         Atualmente não podemos imaginar o processo educacional sem o uso das tecnologias de difusão de informações e conhecimentos. Neste contexto o ser humano iniciou sua busca por maneiras mais eficazes de disseminar o conhecimento, iniciando com a criação do telégrafo que deu origem mais adiante ao telefone, e nesse processo evolutivo surgiram as “TIC” Tecnologias da informação e comunicação, que são tecnologias que interferem e medeiam os processos informacionais e comunicativos dos seres, o que proporcionou o acompanhamento instantâneo dos fatos ocorridos, um exemplo recente é o QRcode. Mas para que isso ocorra há necessidade de que alguém tenha vontade de compartilhar e alguém queira receber informações e conhecimento, para que este processo funcione. 
      A utilização de tecnologias no processo educacional favorece um maior alcance das informações geradas, bem como facilita o processo de comunicação entre professor e aluno, agilizando as trocas de conhecimento melhorando o processo de ensino-aprendizagem.
      Em meio as evoluções tecnológicas Pierre Levy desenvolveu ou descreveu alguns conceitos que descrevem os dias atuais totalmente dependentes dos meios digitais. Um dos conceitos mais utilizados é o de inteligência coletiva, o qual podemos descrever como o agrupamento e compartilhamento de inteligências individuais para o coletivo. E no meio educacional devemos incentivar a prática da inteligência coletiva, onde cada um participa com o conhecimento que possui para construção e um conhecimento geral do qual todos podem ter acesso.
    A partir do momento que exercemos a produção de conhecimento, deixamos de ser meros receptores passivos de informações e passamos a nos inserirmos na cultura participativa, a qual nos permite questionar, opinar e gerar informação e conhecimento no meio digital. Esse momento de ascensão da cultura digital participativa fez surgir nos últimos anos diversas personalidade que hoje são denominadas de influenciadores digitais, que inicialmente era considerado apenas um Hobbie hoje é fonte de renda, tirando do anonimato pessoas com capacidades criativas de cativar a atenção de grande público digital.
     Em 1996 com a expansão da rede de internet Gilberto Gil fez a musica “pela internet” fazendo menção a musica de 1916 “pelo telefone” (Donga). Na letra o artista fala de websites, vírus e alguns outros conceitos que estavam em alta naquele período fazendo uma grande apologia a internet. Em 2018 o mesmo artista cria a música “Waze, WhatsApp, Facebook”, nesta musica o autor fala mais sobre redes sociais, aplicativos e a grande quantidade de informações expostas na rede, deixando a apologia e partindo para critica.
     Segundo Pierre Levy somos dependentes das redes digitais, porém salienta que seria hipocrisia afirmar que tudo que é publicado nelas é bom. O mesmo autor friza que o saber esta na humanidade e todos os indivíduos podem oferecer conhecimento – não há ninguém que seja nulo nesse contexto.

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