Esta postagem traz uma reflexão
sobre as mudanças na educação atual, oriundas de uma vivência com a tecnologia
inserida em nossas vidas, que possibilitam um acesso rápido e continuo à
informação e ferramentas que auxiliam o processo de ensino-aprendizagem. Mais
especificamente à respeito de cultura
digital, inteligência coletiva na perspectiva de Pierre Lévy, cultura
participativa, convergência de meios e uma relação entre as palavras utilizadas
na música “Pela Internet” de Gilberto Gil em 1998 e a música produzida por ele
20 anos depois e como tudo isso auxilia o crescimento e o desenvolvimento das
sociedades que empregam os meios comuns de transmissão de informações.
A cultura digital trata-se da interação da realidade com a virtualidade
digital, nascida pela era digital, originária do ciberespaço e da linguagem da
internet. A cultura em questão, no entanto, não pode ter um conceito definido,
mas pode ser vista quando as relações humanas são fortemente mediadas por
tecnologias e comunicações digitais. Os
jovens são os que mais atuam socialmente em redes como Facebook, Instagram, WhatsApp
e Twitter. Essa nova cultura tem apelo emocional e induz ao imediatismo de
respostas e informações, privilegia análises superficiais e traz diferentes
modos de dizer e argumentar.
Para entender melhor essa
interação do homem com as tecnologias e ferramentas que facilitam o acesso à
informação, o grande filósofo Pierre Lévy descreve dois conceitos importantes: inteligência coletiva e ciberespaço.
Podemos ver o ciberespaço como um fato concreto na sociedade do século XXI, e que
é possível aprender e ensinar a partir dele. O acesso a celulares, smartphones,
tablets dentre outros, abre portas a interação entre os usuários desse espaço e
faz com que sejam capazes de não só adquirirem conhecimentos, como também,
compartilharem com outras pessoas. Nos fazendo pensar em cultura participativa, onde deixamos de ser passivos e passamos a
produzir e disseminar informação e conhecimento.
Lévy defende que todos os indivíduos têm a sua
própria inteligência acumulada em suas vivências pessoais e devemos valorizar
ao máximo a diversidade das qualidades humanas. Inteligência coletiva, para
ele, é um processo de crescimento, de retomada de singularidades. Quando
valorizamos o outro, desenvolvemos nele sentimentos de reconhecimento. Não se
trata de substituir o homem, mas de promover a construção de coletivos
inteligentes, nos quais, as potencialidades sociais de cada um poderão
desenvolver-se e ampliar-se de maneira recíproca.
Para finalizar esse post, fazendo
uma análise das interações e informações e compartilhamento de conhecimento,
vamos utilizar as duas músicas de Gilberto Gil “Pela Internet”. A primeira lançada
em 1998 e a outra em 2018. Nesta vemos um crescente avanço das tecnologias em
relação àquela. Como exemplo, na 1° versão em que o autor fala em “Gigabytes” e
na 2º versão “Agora é Terabyte”. As informações precisam ser armazenadas e com a
prodigalidade de informações que temos hoje não cabem mais em Giga e em alguns
casos nem mais em Tera, pois já estamos na era do Zettabyte e Yottabyte. Outra
diferença é a presença na 2º música das novas redes socias que não existiam
outrora e a facilidade e rapidez dos aplicativos nas trocas de mensagens. Por
fim, as tecnologias em geral estão em constante avanço. Isso é um fato. E as
Tecnologias da Informação e Comunicação (Tics) como são chamadas no Brasil,
acompanham o avanço tecnológico e estão modificando a forma de estudo,
compartilhamento e influenciando diretamente no ensino-aprendizagem. É
importante sabermos nos adaptar constantemente a novas formas de ensino, haja
vista que as tecnologias de hoje não serão mais tão avançadas que as
tecnologias de vinte anos à frente.
Remilton Monteiro da Silva
Remilton Monteiro da Silva
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