sábado, 16 de fevereiro de 2019

Cultura Digital Por Marcelo Luiz Schmitt

Cultura Digital por Marcelo Luiz Schmitt     
          
Com o advento dos mecanismos tecnológicos de criação e compartilhamento de informações pelos diversos indivíduos da nossa comunidade; graças ao advento da internet e dos diversos instrumentos de comunicação digital, como os smartphones, notebooks e outros dispositivos de acesso a internet,  e a disseminação das redes sociais, acabou se afirmando a denominada Cultura Digital.

A Cultura Digital conceitua-se pela disseminação do conhecimento e manifestações culturais pelos meios digitais, fazendo que qualquer indivíduo seja criador de conteúdo e informação, e dissemine-o pela rede; deixando de lado a figura de mero espectador e receptor das informações, como era até o início deste século.

Além disso, as informações geradas na  Cultura Digital se disseminam  por meio de uma única e simples linguagem em todo o mundo, a denominada linguagem binária.

Com essa disseminação da criação de fontes de conteúdo, houve uma guinada quanto à forma que uma mesma informação pode ser disseminada,  levando-se em conta às diversas perspectivas  apresentadas pelas diversas fontes que relatam sobre o mesmo fato; deixando de haver “uma verdade” sobre referido fato, para “várias verdades”,  ou até mesmo construindo uma “verdade coletiva”, assimilando as diversas fontes.

Para esse aumento das fontes de conteúdo sobre um fato ou tema específico, atribui-se a denominação Inteligência Coletiva, já que são diversos atores sociais que influenciam na assimilação  e construção das informações sobre um fato ou tema específico.

A essa capacidade do indivíduo participar da construção do conhecimento, por meio da democratização  dos meios de acesso e compartilhamento de informações, é denominada Cultura Participativa; que como o próprio nome diz, o indivíduo passar a colaborar com a construção do conhecimento, não sendo somente um receptor.

 Toda essa assimilação das informações e conhecimentos recebidos, e a aproximação do indivíduo aos demais da sua comunidade, sejam amigos, colegas de trabalho, entre outros vínculos, por meio dos recursos tecnológicos democratizados são conhecidas como convergência de meios, sendo uma importante ferramenta de interação do indivíduo como ser social.

Essa afirmação da convergência de meios se mostra nítida quando fizemos o comparativo das músicas “Pela Internet”, de 1996 e “Pela Internet 2”, criada em 2017, de autoria do compositor e cantor Gilberto Gil,  que evidenciam que a democratização dos meios tecnológicos fizeram com que o indivíduo deixasse de ser um mero espectador para um participante da criação e disseminação de conhecimentos.

Vejamos o comparativo na letra da música:




1996
Eu quero entrar na rede
Promover um debate
 Juntar via Internet
 Um grupo de tietes de Connecticut

2017
Estou preso na rede
Que nem peixe pescado
É zap-zap, é like
É Instagram, é tudo muito bem bolado



A diferença entre as épocas das músicas é gritante, na qual o individuo passa de mero receptor das informações disponibilizadas nas redes, mas querendo  ser um participante. Quase duas décadas depois, se observa que o indivíduo se torna quase um refém das redes sociais, já que elas são um precioso mecanismo de relação com os membros de sua sociedade.

Dante de todos esses aspectos que envolvem a “tribo global”, com a democratização e disseminação de conhecimentos e informações de todo o mundo, acabaram por mudar a nossa forma de pensar, agir e participar das manifestações culturais, passando a se denominar de Cibercultura, de acordo com o conceito firmado por Pierre Lévy.

Com todos esses recursos à nossas mãos, podemos concluir que todos nós somos capazes de criar; não somente de informações, mas também de conhecimento , entretenimento e riquezas, diante dessa revolução tecnológica, e sua democratização nos dias atuais.

Marcelo Luiz Schmitt.


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