CULTURA
DIGITAL POR LUCIANA ZIMERMANN
1)
Conceito:
A cultura
digital pode ser pensada como uma cultura permeada pelas tecnologias que
remete, como diz Martín-Barbero (2004), a novas sensibilidades e escritas ou
uma mutação cultural que permite novas formas de comunicação, pois os
jovens experimentam uma empatia feita não só de facilidade para se relacionar
com as tecnologias audiovisuais e informáticas, mas de cumplicidade expressiva:
é em seus relatos e imagens, em suas sonoridades, fragmentações e velocidades
que eles encontram seu idioma e seu ritmo (MARTÍN-BARBERO, 2004, p. 287).
2)
Explicação:
A convergência de meios não é meramente a junção de tecnologias, mas algo que
ocorre em nossos cérebros e em nossas interações sociais. O que faz um filme
atrativo, por exemplo, não são necessariamente os recursos como os efeitos
audiovisuais. Embora esses possam contribuir para a atratividade, o que atrai
em um filme é sua capacidade de mexer com o cérebro de quem o assiste; seu
potencial para catalizar sensações, emoções e de construir fantasias.
A ideia central de uma cultura participativa, conforme o
próprio termo induz, é a da participação, em contraste à passividade. Por esse
motivo, a participação não pode ser confundida com mera interatividade, porque
esta última pode ocorrer sem que haja uma real participação. Para se chegar a
uma cultura participativa é preciso que os sujeitos contribuam ativamente com a
sua cultura.
A inteligência coletiva pressupõe que todos
contribuem com a construção do conhecimento. Ela contrasta com a ideia do
paradigma do expert, sendo este último aquele que
considera que um sabe e o outro não. A inteligência coletiva é consolidada pelo
coletivo. As redes sociais, a wikipedia, o Instagram, somente para citar alguns exemplos, são espaços onde há
inteligência coletiva.
3)
Comparação músicas
de Gilberto Gil
ü As alteração já começam com as mudanças da língua portuguesa,
alterando a forma de escrita das palavras;
ü Ocorre a comparação figurada no sentido que a embarcação
também ficou maior com a quantidade de gigabytes;
ü Seguindo, passa a explanar os avanços dos dados,
informação o aumento de armazenamento que antes era gigabytes agora é terrabyte;
ü As evolução das trocas de informação também são relatadas,
email, sites, lojas digitais, etc, hoje concentram todas as informações que vc
precisa;
ü Quando antes era criado grupos de debates, hoje há
grupo de tudo que se possa imaginar, as redes sociais que são atuais, acabam
tornado o usuário em um usuário ativo, que sente necessidade de ficar
permanentemente conectado e acompanhando o que acontece. Literalmente viciantes;
ü Também em sentido figurado apresenta que a religião
também passa a fazer isso da via digital. Acredita-se que está se referindo as
correntes religiosas hoje enviadas, como se Deus também fizesse uso de meios
digitais;
ü Pode-se também perceber outras
alteração neste período como: antes usava-se mapas, hoje wase; os correios
também estão perdendo a utilidade, pois a remessa de cartas é pequena, pode ser
comprado comidas usando os mais variados cardápios;
ü Conclui-se que evolução digital ocorre
de forma muito alarmante. Facilita a vida de uns enquanto prejudica de outros. Aproxima
quem está longe e afasta quem está perto. Enche redes de amigos e não possui um
ombro amigo para chorar. Página cheias e vida vazia. Equilíbrio em tudo deve
ser o caminho, resta saber como equilibrar e ensinar os jovens a viver nesse “novo
mundo”.
4) Cibercultura e inteligência coletiva por Pierre Levy
Em análise sobre o que Pierre Levy escreve sobre cibercultura e
inteligência coletiva, pode-se verificar que não há divergência ao que foi
tratado neste trabalho. A evolução digital é uma realidade, os acessos às
informações são globalizados. Para o autor ‘cibercultura’,
especifica o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de
atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com
o crescimento do ciberespaço.
Já
a inteligência coletiva pode ser considerada a finalidade última do
ciberespaço, pois ela descreve um tipo de inteligência compartilhada que surge
da colaboração de muitos indivíduos em suas diversidades. “É uma inteligência
distribuída por toda parte, na qual todo o saber está na humanidade, já que,
ninguém sabe tudo, porém todos sabem alguma coisa”
Neste
sentido, estaríamos passando por um processo de universalização da
cibercultura, na medida em que estamos dia-a-dia mais imersos nas novas
relações de comunicação e produção de conhecimento que ela nos oferece.
Luciana Zimermann
Nenhum comentário:
Postar um comentário