Vivemos na nova era tecnológica, onde a sociedade está rodeada por artefatos digitais tais como telefones celulares, computadores, notebooks, tablets, outdoors em forma digital, videogame, e muitos outros. Assim vivemos em uma transformação de cultura muito veloz, passando para a cultura digital, que a cada dia possui uma nova ferramenta ou novo aparelho eletrônico com mais recursos, tendo mais funcionalidade. Esses recursos têm proporcionado para a sociedade conexão entre as pessoas em um tempo real, assim como acontece no cotidiano, em sala de aula ou na própria empresa.
O sociólogo e
pesquisador Manuel Castells (2008) publicou num dossiê da revista Telos1
que vivemos atualmente em uma cultura caracterizada pela globalização e
digitalização. Castells aponta seis ideias para entendermos o que é cultura
digital:
1. Habilidade
para comunicar ou mesclar qualquer produto baseado em uma linguagem comum
digital;
2. Habilidade para
comunicar desde o local até o global em tempo real e vice-versa, para poder
diluir o processo de interação;
3. Existência de
múltiplas modalidades de comunicação;
4. Interconexão de todas
as redes digitalizadas de bases de dados ou a realização do sonho do hipertexto
de Nelson, com o sistema de armazenamento e recuperação de dados, batizado como
Xanadú em 1965;
5. Capacidade de
reconfigurar todas as configurações, criando um novo sentido nas diferentes
camadas dos processos de comunicação;
6. Constituição gradual
da mente coletiva pelo trabalho em rede, mediante um conjunto de cérebros sem
limite algum.
Dentro da cultura digital podemos salientar a inteligência coletiva, ou
seja forma de expressar, compartilhar conhecimentos por meio digital, podemos
citar os blogs, onde várias pessoas postam suas opiniões de um determinado assunto.
Através da internet as pessoas participam de ações coletivas para gerar soluções de problemas, transmitindo ideias e conhecimentos, deixam de ser
receptores de informações para serem transmissores, sendo essas ações chamadas
de cultura participativa
A convergência dos meios é uma forma de fazer a otimização
dos processos e com isso ganhar qualidade de informação.
É a fusão de várias tecnologias distintas como
sistemas de áudio,
TV, computador, rede de computadores, a telefonia entre
outros, que torna a convergência uma tendência forte
e cada vez mais utilizada na comunicação. Então, convergência
é a capacidade de as plataformas de informação terem
disponíveis serviços de voz, imagem, dados, sendo eles
em instrumentos móveis (celulares, por
exemplo) ou fixos (PCs) para
a distribuição de informações.
Nesse contexto digital, fazendo um comparativo com a música de Gilberto
Gil, nas duas versões no ano de 1996 e 2018, relata bem esclarecido as mudanças
ocorridas 22 anos no mundo da informatização, “Criei meu website, Lancei
minha homepage”, hoje com simples acesso podemos fazer uma website e uma
homepage, como aprendemos na nossa primeira aula do prof. Eli Lopes, coisas que
anos atrás nem ouvíamos falar e nem imaginávamos como seria criar um
homepage, somente para pessoas muito qualificadas poderiam fazer. Relata
também na letra da música Internet 2 sobre como é possível ter a facilidade de
fazermos compras online rápido e com produtos com baixo custo "Se o desejo
agora é navegar, Subindo o rio tejo tenho como
achar , Num site de viagem a melhor
opção, Com preço
camarada bem no meu padrão".
Lévy (1999, p. 17) define cibercultura como “[...] o conjunto de técnicas
(materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e
de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço”, ciberespaço”,
que se dá pela colaboração em rede. Dessa forma, as tecnologias de informação e
comunicação trazem uma nova reconfiguração social, cultural, econômica e
política, que emerge com os três princípios básicos da cibercultura: liberação
do polo de emissão, conexão generalizada e reconfiguração social, cultural,
econômica e política (LEMOS; LÉVY, 2010).
A inteligência coletiva
tem como fundamento a base social, quando as ideias, as línguas e as tecnologias
cognitivas são abstraídas de uma comunidade. Nestas construções coletivas, os groupwares
têm um papel muito importante, não é mais “cada um na sua” ou “um depois do
outro”. Agora é uma criação coletiva, onde todos criam simultaneamente.
Como cada palavra pode
trazer diversos significados para cada indivíduo, de modo que exista uma construção
colaborativa, é preciso que os groupwares possam estar reunidos por
redes de associações, anotações e comentários, dando o mesmo sentido a cada
palavra ou texto apresentado ao grupo. (LÉVY, 2000, 1993)
Desta forma, o indivíduo
é dependente do grupo para obter a sua aprendizagem informal, sozinho não é inteligente,
no “grupo” que o é, pois nossa inteligência depende das tecnologias
intelectuais, que, fora de uma coletividade e sem as tecnologias intelectuais,
o “eu” não pensaria (LÉVY, 1993).
Com o aumento da população e do espaço, mudanças de locais de moradia,
empresas com suas filiais em outros países, a globalização cresce bruscamente,
com o intuito de fornecer uma comunicação mais ampla, rápida e transmissão de
conhecimentos mesmo não estando num mesmo local, mas num tempo real, assim como
pode ser feito aulas por vídeo conferência e reuniões empresarias, proporcionando
a troca de conhecimento, ocorrendo assim a evolução cultural digital.
Fonte: UFBA. Universidade Federal da Bahia. Cultura digital, jogos eletrônicos e educação. Disponível em: < https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/19496/1/cultura-digital-jogos-eletronico_RI.pdf> Acesso em: 17 fev. 2019.
POSSA, est al. André Dala. Cultura Digital . Disponível em: <https://moodle.ead.ifsc.edu.br/mod/book/view.php?id=91108&chapterid=19772> . Acesso em: 17 fev. 2019.
Denise Corrêa Martins Venâncio
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