Cultura Digital por Ana Lucia Gugelmin
O conceito de cultura digital não está consolidado.Aproxima-se de outros como sociedade de sociedade da informação,cibercultura,revolução digital,era digital.Cada um deles,utilizado por determinados autores,pensadores e ativistas,demarca esta época,quando as relações humanas são fortemente mediadas por tecnologias e comunicações digitais.
O conceito de cultura digital não está consolidado.Aproxima-se de outros como sociedade de sociedade da informação,cibercultura,revolução digital,era digital.Cada um deles,utilizado por determinados autores,pensadores e ativistas,demarca esta época,quando as relações humanas são fortemente mediadas por tecnologias e comunicações digitais.
Inteligência
Coletiva Cultura participativa e
Convergência de meios
A
inteligência coletiva seria uma forma de o homem pensar e compartir seus
conhecimentos com outras pessoas, utilizando recursos mecânicos como, por
exemplo, a internet. Nela os próprios usuários é que geram o conteúdo através
da interatividade com o website.Segundo o filósofo francês Pierre Lévy explica
com seu trabalho na criação de programas de computador contribuindo com a
prática de tal conceito. Para o intelectual, o desenvolvimento da inteligência
coletiva se dá tanto pela reflexão filosófica, histórica e sociológica quanto
pela aplicação em tecnologias.
De acordo com Levy (2000), a “engenharia do laço social”
é a arte de valorizar ao máximo a diversidade das qualidades humanas.
Inteligência coletiva, para ele, é um processo de crescimento, de retomada de
singularidades. Quando valorizamos o outro, desenvolvemos nele sentimentos de
reconhecimento. Não se trata de substituir o homem, mas de promover a
construção de coletivos inteligentes, nos quais as potencialidades sociais de
cada um poderão desenvolver-se e ampliar de maneira recíproca.
Em qualquer lugar há inteligência. Qualquer um é capaz de
produzir conhecimento, de gerar informação de relevância. O outro é alguém que
sabe as coisas que eu não sei. Na era do conhecimento, deixar de reconhecer o
outro em sua inteligência é recusar-lhe sua verdadeira identidade social.
(LEVY, 2000, p. 30) Jenkins concorda com esse ponto de vista. Nenhum de nós
sabe tudo; cada um de nós sabe alguma coisa; e podemos juntar as peças, se
associarmos nossos recursos e unirmos nossas habilidades. (JENKINS, 2009)
Jenkins (2009) vai mais além ao conceituar cultura da convergência de meios, a qual representa uma transformação cultural
à medida que consumidores são incentivados a procurar novas informações e fazer
conexões em meio a conteúdos de mídias dispersos. Ele ainda afirma que as
mídias vêm sendo moldadas para algo que ele chama de economia afetiva, em que o
consumidor ideal é ativo, comprometido emocionalmente e parte de uma rede
social.
Howard Rheingold (2012) fala de uma cultura participativa, em que uma parcela significativa da
população pode participar da produção de materiais culturais. Ele enfatiza o
empoderamento sem precedentes que o know-how digital
pode conceder, criando um senso de pertença e participação nos usuários.
Possibilita aos internautas adquirir habilidades para se envolver na vida
cívica de suas comunidades, construindo uma cultura mais democrática e
diversificada. A recompensa pode vir ainda com um emprego, um companheiro, ou
mesmo, a venda de um produto ou serviço.
Na visão dele, essa “arquitetura de participação” só se
torna vital quando os humanos a usam para fazer coisas. Um “tecido cultural”
emerge da agregação e da interação de milhões de produções criadas
individualmente. Em torno dessa participação digital surgiu um “ecologia
cultural”, repleta de subculturas e episódios para se criar novos significados,
influenciando na agenda cultural, definindo estratégias para atingir os
interesses dos usuários.
No entendimento de Jenkins (2009), no momento, estamos
utilizando esse poder coletivo para fins recreativos. Mesmo com um novo modo de
aprendizagem, em que a educação se assemelha mais a uma rede, ainda há pouca
instrução explícita. Rheingold (2012) refere-se aos gêneros criativos, dizendo
que poderão anunciar a forma como muitas pessoas aprenderão habilidades
necessárias no futuro. O modo como essas diversas transições evoluem irá
determinar o equilíbrio de poder na próxima era.
Jenkins (2009) se questiona sobre como manter o potencial
da cultura participativa na esteira da crescente concentração das mídias.
Howard Rheingold (2012) nos leva a crer que os cidadãos comuns são, na maioria
das vezes, travados, quando desejam participar da produção. Ainda vivemos em um
mundo em que consumimos principalmente conteúdos produzidos por empresas
midiáticas. Se o público não tiver ideia das discussões, terá pouco ou nada a
dizer a respeito das decisões tomadas.
Referências:
JENKINS, Henry. Cultura da Convergência- Site da Internet
acessado em 14 /02/2019
LÉVY, Pierre. A
inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. Site da Internet acessado em 14/02/2019
RHEINGOLD,
Howard. Net Smart:
How to Thrive Online. 2012. Site da Internet acessado em 15/02/2019
“Entendo que viver
sem internet é praticamente impossível hoje em dia. Já estamos tão acostumados
com as facilidades da rede e o acesso massivo a qualquer tipo de informação que
muitas atividades passaram a ser realizadas no modo online. Ler mensagens,
fazer transações financeiras e até as reuniões de trabalho são algumas rotinas
que se tornaram digitais, visando a otimização do tempo e o aproveitamento de
todas as ferramentas que a tecnologia oferece. Pierre Lèvy chama de Revolução
Digital, Segundo ele, "as mudanças das técnicas, economia e costumes estão
mais rápidas e desestabilizantes". O quadro de mutações é tão grande que
mal conseguimos acompanhá-lo.”
“Pela Internet” de Gilberto Gil 20 anos
depois
Na atualidade, qualquer
um que possua uma certa facilidade com a internet é capaz de ouvir uma música
ou ver um vídeo num smarphone. Isso se chama streaming, que é a transmissão de
áudio e vídeo através de uma rede sem a necessidade de efetuar downloads. Isso
é hoje é super comum, mas você tem ideia
de quando e como aconteceu a primeira
transmissão streaming no Brasil?
No ano de 1997, Gilberto Gil lançou o CD
Quanta. Nesse CD ele incluiu o hit “Pela internet”. Para homenagear a IBM e
todos os parceiros que integraram o projeto de lançamento da música, Gil e a
produtora produziram uma edição especial do disco. Em 1996, Flora Gil, esposa
de Gilberto Gil, procurou a IBM para propor um projeto inovador. Incrivelmente
o projeto evoluiu, com desafios técnicos enormes e com a necessidade absoluta
de buscar outros parceiros. A ideia da Flora era simples: criar uma música e
lança-la através da internet, de forma que ela fosse a primeira música
transmitida em tempo real pela internet no Brasil. Foi esse o conceito e o
desafio que motivou Gilberto Gil a compor a famosa música “Pela internet”. Com esse sonho na
cabeça, as equipes começaram a trabalhar durante vários meses. Incrivelmente o
nome do software da IBM, que possibilitou tudo isso, era IBM Bamba, em incrível
sintonia com samba, e Gil.
Referência: Site da Internet
acessado em 16/02/2019
Ana Lucia Gugelmin 16/02/2019
Ana Lucia Gugelmin 16/02/2019
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