domingo, 17 de fevereiro de 2019

Cultura Digital por Sibély Pitz de Matos Teixeira



 A cultura é uma ruptura do que precedemos, nós viemos da cultura industrial e migramos para cultura digital. A cultura digital é a realidade virtual, comunicação instantânea  a conectividade  global.
A inteligência coletiva é a inteligência compartilhada, ninguém sabe tudo, mas todos sabem um pouco. Dividindo nossos saberes estamos contribuindo para a inteligência coletiva, pois alguns tem acesso a determinadas informações, outros indivíduos tem acesso a outras, cada um tem uma parte de algo, quando compartilhamos cada parte, se torna um todo.  Assim qualquer individuo que se interessar pode ter acesso a estas informações e consequentemente criar sua opinião.
Na nossa cultura anterior éramos receptores passivos, acostumados apenas a receber informações através de livros, jornais, revistas, telejornais e rádios então formadores de opinião como nos dias atuais. Na cultura participativa, continuamos sendo receptores de informações, porém agora somos ativos, absorvemos as informações, criamos nossa opinião e dividimo-las com as demais pessoas através de blog’s, sites, redes sociais, vídeos entre outros. O que facilita muito esta cultura participativa é que nossos telefones móveis mais parecem computadores portáteis do que telefones, conseguimos escrever textos, gravar vídeos, gravar áudios, gravar imagens e postar tudo instantaneamente.
Convergência de meio é a forma de adaptação dos meios de comunicação a chegada da internet. Para não perder o seu “domínio” os meios de comunicação tradicionais estão se adaptando a nova cultura digital. Os jornais impressos têm suas versões online, os telejornais colocam seu episódio do dia no seu site para que quem não conseguiu assistir ao vivo, assista depois.
Falando em mundo digital, Gilberto Gil em 1996 escreveu uma música chamada Pela internet e agora em 2018 resolveu reescrever em uma versão mais atual, apesar de ser o mesmo tema, porém agora com pontos de vista diferentes. Gilberto Gil fala na primeira versão que queria entrar na rede, se conectar, promover debates, ter mais acesso a informações e informar, porém agora nesta segunda versão ele diz que esta preso a rede, que seus pensamentos estão na nuvem, tudo o que queremos e precisamos esta na internet e é tanto aplicativo que ele nem sabe quais quer usar.
Gilberto Gil relata a transformação ocorrida durante estes 22 anos, entre uma versão e outra, em 1996 as pessoas estavam na expectativa por ter acesso a informação, que eram privilégio de alguns, quais mudanças essas informações trariam. Na versão de 2018 mostrou que com o avanço da tecnologia estamos presos a ela de tanta informação que desejamos ter, queremos saber o que esta acontecendo na nossa cidade, no mundo e os impactos que trarão para nossas vidas. Tornamos-nos dependentes dos aplicativos, que precisamos deles para nos locomover, para ver se em tal rua tem menos transito, para chegarmos em menos tempo, para mandar mensagens instantâneas, aplicativos de pesquisas entre outros. Mostra que de tanta facilidade que nos oferece, nos prendeu.
Cibercultura especifica um conjunto de técnicas (materiais intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que desenvolvem juntamente com o crescimento do Ciberespaço. (LÉVY, 1999, p.17)
Inteligência coletiva pode ser considerada a finalidade última do Ciberespaço, pois ela descreve um tipo de inteligência compartilhada que surge da colaboração mútua dos indivíduos em suas diversidades. É uma inteligência distribuída por toda parte, na qual todo saber esta na humanidade, já que ninguém sabe tudo, porém todos sabem alguma coisa. LÉVY, 2007, p.212)
Podemos concluir que com a chegada a cultura digital, um dos maiores benefícios ao meu ponto de vista, foi a inteligência coletiva, ela é possibilitada pelo Ciberespaço e pela Cibercultura, porém nos desafia como futuros professores, a nos adaptar a esta nova realidade e ensinar os nossos alunos a serem seres pensantes, formadores de opinião, pois a algum tempo já foi quebrado este paradigma onde o professor é o único  portador do conhecimento.

Referências:

Material didático Moodle – Cultura digital
https://www.cafecomsociologia.com/pierre-levy-conceitos-chave-cibercultura/

Sibély Pitz de Matos Teixeira
17 de Fevereiro de 2019

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