terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Cultura Digital por Ricardo Horibe

Cultura Digital por Ricardo Horibe


    Hoje em  dia vivemos e compartilhamos nossas vidas e momentos no ambiente digital. Interagimos, fazemos mobilizações sociais, compartilhamos trabalhos artísticos, produzimos e divulgamos conteúdo entre tantas outras atividades todos os dias com nossos amigos ou pessoas totalmente desconhecidas por meio do digital. Todas essas experiências fazem parte do que chamamos de Cultura Digital. 
    A cultura  como existia a décadas  atrás já não é a mesma porque está permeada pelo dígito binário. Essa unidade de informação que só existe através da eletricidade é capaz de rodar o mundo pela internet, promovendo processos de comunicação, educação e entretenimento. Transformar um texto ou uma imagem em dígitos significa uma operação técnica de codificação em números sequenciais e combinados de 0 e 1 para ser processado por um dispositivo que crie um significado. Essa operação é desconhecida pela maioria das pessoas que usam a rede mundial de computadores para trabalhar, estudar e se divertir. Esse desconhecimento, entretanto, não impede usuários de realizarem inúmeras atividades envolvendo processadores, discos rígidos, roteadores e cabos de redes digitais.
 Podemos usar diversos hardwares sem ter conhecimentos desses equipamentos tecnológicos porque softwares ou programas de computadores foram desenvolvidos com alguma aplicação específica para receber, processar e dar saída a determinados dados com a participação interativa do usuário. Na educação a distância, podemos reconhecer nesse universo as tecnologias interativas que reduzem distâncias, não apenas geográficas, nos processos de ensino e aprendizagem.
     Com o advento da cultura digital  surgiram três grandes  conceitos que  são :  convergência midiática, cultura participativa e inteligência coletiva.
    Sobre  convergência midiática nada mais que é  tendência de todos os meios comunicação se  convergirem  para  os recursos computacionais e internet onde  a  cultura participativa exerce  grande influência sobre  como  o conhecimento é  disseminado   resultando na  inteligência  coletiva ,  que pode se compreender  que é nova forma de  pensamento  sustentável  através de conexões  sociais  que se tornam  viáveis pela utilização das redes  abertas de computação e internet, em outras palavras seria uma forma de pensar e compartilhar  conhecimentos utilizando os meios tecnológicos.
       Como exemplo  de influência da cultura digital podemos observar nas músicas de Gilberto Gil “Internet (1996)” e “Internet (2017)” onde na primeira ele menciona  vários itens que na época eram um vislumbre do futuro , Home page, disquete , e-mail e  internet  e já na segunda música ele  faz uma crítica ao excessivo uso da tecnologia e   suas inúmeras  funções (aplicativos, redes sociais , etc..).
     Pierre Lévy trabalha com dois conceitos importantes: inteligência coletiva e ciberespaço. No que tange à inteligência coletiva, defende que todos os indivíduos têm a sua própria inteligência acumulada em suas vivências pessoais e que deve ser respeitada por isso. Reitera que ela serve como um modo de interação social, por ser capaz de criar uma espécie de democracia em tempo real, dadas as suas constantes possibilidades de interação entre os pares. E com relação ao conceito de ciberespaço salienta que, muito mais que um meio de comunicação ou mídia, trata-se de um espaço de reunião de uma infinidade de mídias e interfaces, que podem ser encontradas tanto nas mídias como: jornal, revista, rádio, cinema, tv, bem como mais diferentes interfaces que permitem a interação ao mesmo tempo ou não, como os chats, os fóruns de discussão, os blogs, entre outros.
   Sendo assim podemos concluir que  nos dias atuais  a tecnologia e os meios de comunicação baseados na internet estão ligados  intrinsecamente a cultura ,  fazendo com que  tudo se torne cada vez mais digital .

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