Cultura Digital por Ricardo Horibe
Hoje em dia vivemos e compartilhamos nossas vidas e momentos no ambiente digital. Interagimos, fazemos mobilizações sociais, compartilhamos trabalhos artísticos, produzimos e divulgamos conteúdo entre tantas outras atividades todos os dias com nossos amigos ou pessoas totalmente desconhecidas por meio do digital. Todas essas experiências fazem parte do que chamamos de Cultura Digital.
A cultura como existia a décadas atrás já não é a mesma porque está permeada pelo dígito binário. Essa unidade de informação que só existe através da eletricidade é capaz de rodar o mundo pela internet, promovendo processos de comunicação, educação e entretenimento. Transformar um texto ou uma imagem em dígitos significa uma operação técnica de codificação em números sequenciais e combinados de 0 e 1 para ser processado por um dispositivo que crie um significado. Essa operação é desconhecida pela maioria das pessoas que usam a rede mundial de computadores para trabalhar, estudar e se divertir. Esse desconhecimento, entretanto, não impede usuários de realizarem inúmeras atividades envolvendo processadores, discos rígidos, roteadores e cabos de redes digitais.
Podemos usar diversos hardwares sem ter conhecimentos desses equipamentos tecnológicos porque softwares ou programas de computadores foram desenvolvidos com alguma aplicação específica para receber, processar e dar saída a determinados dados com a participação interativa do usuário. Na educação a distância, podemos reconhecer nesse universo as tecnologias interativas que reduzem distâncias, não apenas geográficas, nos processos de ensino e aprendizagem.
Com o advento da cultura digital surgiram três grandes conceitos que são : convergência midiática, cultura participativa e inteligência coletiva.
Sobre convergência midiática nada mais que é tendência de todos os meios comunicação se convergirem para os recursos computacionais e internet onde a cultura participativa exerce grande influência sobre como o conhecimento é disseminado resultando na inteligência coletiva , que pode se compreender que é nova forma de pensamento sustentável através de conexões sociais que se tornam viáveis pela utilização das redes abertas de computação e internet, em outras palavras seria uma forma de pensar e compartilhar conhecimentos utilizando os meios tecnológicos.
Como exemplo de influência da cultura digital podemos observar nas músicas de Gilberto Gil “Internet (1996)” e “Internet (2017)” onde na primeira ele menciona vários itens que na época eram um vislumbre do futuro , Home page, disquete , e-mail e internet e já na segunda música ele faz uma crítica ao excessivo uso da tecnologia e suas inúmeras funções (aplicativos, redes sociais , etc..).
Pierre Lévy trabalha com dois conceitos importantes: inteligência coletiva e ciberespaço. No que tange à inteligência coletiva, defende que todos os indivíduos têm a sua própria inteligência acumulada em suas vivências pessoais e que deve ser respeitada por isso. Reitera que ela serve como um modo de interação social, por ser capaz de criar uma espécie de democracia em tempo real, dadas as suas constantes possibilidades de interação entre os pares. E com relação ao conceito de ciberespaço salienta que, muito mais que um meio de comunicação ou mídia, trata-se de um espaço de reunião de uma infinidade de mídias e interfaces, que podem ser encontradas tanto nas mídias como: jornal, revista, rádio, cinema, tv, bem como mais diferentes interfaces que permitem a interação ao mesmo tempo ou não, como os chats, os fóruns de discussão, os blogs, entre outros.Sendo assim podemos concluir que nos dias atuais a tecnologia e os meios de comunicação baseados na internet estão ligados intrinsecamente a cultura , fazendo com que tudo se torne cada vez mais digital .
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