terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Cultura Digital por Natasha Pereira Moreira

 Significa um novo estado de pensar, ser e agir no ambiente de trabalho. A complexidade atual, a volatilidade, a ambiguidade e a incerteza passaram a ser o dia a dia de todos nós em diferentes ambientes corporativos. Ser digital é explorar novas fronteiras, quebrar paradigmas, encarar desafios, errar para aprender e olhar o mundo e os negócios por um novo ângulo. 

Digital vai além da antiga TI, de plataformas, clouds e apps. De informações a produtos, o que passa a valer nesta nova era, a qual chamamos de Cultura Digital, não é tangível, mas sim sensorial, emocional e disruptivo.Por tudo isso, ouso dizer que, neste momento, e, possivelmente, no futuro próximo, cada vez mais a melhor tradução para Cultura Digital seja a palavra experiência. 

A inteligência coletiva seria uma forma de o homem pensar e compartir seus conhecimentos com outras pessoas, utilizando recursos mecânicos como, por exemplo, a internet. Nela os próprios usuários é que geram o conteúdo através da interatividade com o website.

A cultura participativa é um trabalho em equipe, ininterrupto e em constante evolução, no qual o RH e os respectivos líderes de cada setor dissolvem a hierarquia vertical. Com isso, todos passam a ter influência e poder de decisão no seu cotidiano profissional.

O termo convergência aparece como aquilo que “caminha para o mesmo ponto ou objetivo”. E é basicamente isso que acontece quando falamos em convergência de mídias: tudo vai e volta para um ponto central – a Internet. Através dela, deixamos de viver no mundo da comunicação unidirecional, em que grandes empresas atuavam como emissores das mensagens, e nós, usuários, leitores, consumidores, tínhamos apenas a figura do receptor. 

Gilberto Gil escreveu essa letra conseguindo sintetizar a essência do que é vivido na internet até hoje. Com os grandes avanços e busca de inovação o que parecia ser só uma ideia se tornou realidade no qual o ser humano se tornou “´praticamente dependente dessa velocidade que se chama Internet”, e que no simples clicar você obtêm várias informações no qual só obtinha através de livros, jornais, rádios e TV. 

Lévy trabalha com dois conceitos importantes: inteligência coletiva e ciberespaço. No que tange à inteligência coletiva, defende que todos os indivíduos têm a sua própria inteligência acumulada em suas vivências pessoais e que deve ser respeitada por isso. Reitera que ela serve como um modo de interação social, por ser capaz de criar uma espécie de democracia em tempo real, dadas as suas constantes possibilidades de interação entre os pares. 

E com relação ao conceito de ciberespaço salienta que, muito mais que um meio de comunicação ou mídia, trata-se de um espaço de reunião de uma infinidade de mídias e interfaces, que podem ser encontradas tanto nas mídias como: jornal, revista, rádio, cinema, tv, bem como mais diferentes interfaces que permitem a interação ao mesmo tempo ou não, como os chats, os fóruns de discussão, os blogs, entre outros. Ainda acredita que saímos do totalitarismo para a era do conhecimento. Técnicas se transformaram em potencialidades. Temos hoje uma abordagem mais cognitiva das organizações, em que as pessoas são incitadas a dar suas contribuições, assumindo o controle das mídias.

Quando valorizamos o outro, desenvolvemos nele sentimentos de reconhecimento. Não se trata de substituir o homem, mas de promover a construção de coletivos inteligentes, nos quais as potencialidades sociais de cada um poderão desenvolver-se e ampliar de maneira recíproca. 

Em qualquer lugar há inteligência. Qualquer um é capaz de produzir conhecimento, de gerar informação de relevância. O outro é alguém que sabe as coisas que eu não sei. Na era do conhecimento, deixar de reconhecer o outro em sua inteligência é recusar-lhe sua verdadeira identidade social.

Natasha Pereira Moreira

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