Conceito de Cultura Digital
O conceito de cultura digital não está consolidado. Aproxima-se de outros como sociedade da informação, cibercultura, revolução digital, era digital. Cada um deles, utilizado por determinados autores, pensadores e ativistas, demarca esta época, quando as relações humanas são fortemente mediadas por tecnologias e comunicações digitais.
Relação entre inteligência coletiva, participação e convergência
Inteligência Coletiva
É a forma de pensar e compartilhar conhecimentos com outras pessoas utilizando os meios para propagação da informação pelo meio virtual(internet de modo geral) de tal forma que aquilo o torne verdadeiro ou falso.
Cultura participativa
A sociedade deixa a condição de receptora passiva e passa a produzir conhecimento e disseminar informações sejam elas verdadeiras ou fake.
Convergência de meios
A proposta de convergência não é essencialmente tecnológica com o viés representado pelos aparelhos multifuncionais, com diversas mídias convergindo para um só aparelho, mas sim, cultural.As novas mídias digitais proporcionam um cenário onde qualquer indivíduo, com mínima instrução no mundo da informática, possui plenas condições para produzir e disseminar vídeos, imagens, sons, entre outros conteúdos na internet. De acordo com Henry
Jenkins "O autor defende a ideia de que todas as principais mídias estão, de alguma forma, convergindo para a internet, permitindo que usuários compartilhem experiências, gerando uma troca de conhecimento e informações. A informação hoje passa por diferentes canais midiáticos, complexificando a experiência do consumo e integrando diferentes meios nesse processo. Os consumidores dos mercados midiáticos apresentam, atualmente, um maior enfoque de investimento na área do entretenimento."
Pela Internet "Eu quero entrar na rede, Promover um debate. Juntar via Internet"[...]
Pela Internet 2 "Estou preso na rede, Que nem peixe pescado"[...]
As duas músicas retratam bem o cenário de duas décadas totalmente diferentes, uma limitada aos recursos disponíveis (tecnologia), enquanto a outra nos aprisiona ao excesso. Olhamos para as pessoas como dependentes de uma substância mas que trazem um histórico de vida, memórias, sentimentos ou olhamos a carcaça do "zumbi" que aprendemos a enxergar? Estaríamos nós sutilmente “zumbificados”e obedientes? Eis a questão. Virtualização x Realidade, ate que ponto isso vai nos levar?
Cibercultura e inteligência coletiva na perspectiva de Pierre Lévy
No livro Cibercultura, publicado 1999, traduzido para o português por Carlos Irineu da Costa (Editora 34), Lévy traça suas percepções sobre o crescimento do ciberespaço, novo meio de comunicação que surge da interconexão de computadores e o consequente surgimento da cibercultura. Segundo ele, “a cibercultura expressa o surgimento de um novo universal, diferente das formas que vieram antes dele no sentido de que ele se constrói sobre a indeterminação de um sentido global qualquer” (LÉVY, 1999, p. 15). Trata-se de um “novo dilúvio”, provocado pelos avanços tecnológicos das telecomunicações, em especial, o advento da internet. Os conceitos de cibercultura e ciberespaço são centrais na obra de Lévy e dele derivam todas as suas reflexões.
O termo [ciberespaço] especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informação que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. Quanto ao neologismo ‘cibercultura’, especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço (LÉVY, 1999, p. 17).
Para Lévy (2003), a inteligência coletiva é aquela que se distribui entre todos os indivíduos, que não está restrita para poucos privilegiados. O saber está na humanidade e todos os indivíduos podem oferecer conhecimento; não há ninguém que seja nulo nesse contexto. Por essa razão, o autor afirma que a inteligência coletiva deve ser incessantemente valorizada. Deve-se procurar encontrar o contexto em que o saber do indivíduo pode ser considerado valioso e importante para o desenvolvimento de um determinado grupo.
Aquilo que mais chama atenção é acerca da nova relação que se estabelece com o saber, agora que estamos imerso na cibercultura. Neste sentido, estaríamos passando por um processo de universalização da cibercultura, na medida em que estamos dia-a-dia mais conectados com nas novas relações de comunicação e produção de conhecimento que ela nos oferece. Surgindo o crescimento do ciberespaço orientado na fundamentação a interconexão, virtualização e a inteligencia coletiva, construindo assim, uma nova era da sociedade.
Referências
http://culturadigital.br/conceito-de-cultura-digital/ acessado em 13/2/2019 às 21h37min
http://filosofiacienciaevida.com.br/a-sociedade-dos-zumbis/ acessado em 14/2/2019 às 20h26min
https://www.cafecomsociologia.com/pierre-levy-conceitos-chave-cibercultura/ acessado em 14/2/2019 às 20h36min
http://www.scielo.br/pdf/pci/v18n4/10.pdf acessado em 14/2/2019 às 20h43min
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