domingo, 17 de fevereiro de 2019

Cultura Digital por Daniel Camargo do Nascimento

A Prof.ª Léa Fagundes aborda, na vídeo-entrevista sobre a formação de professores na cultura digital, o papel deste professor neste meio e sendo, um destes papéis, o “perturbador” do meio de aprendizagem, expõe a mesma que à luz da teoria de Piaget, “o pensamento do ser humano não convive o desequilíbrio”, e o professor pode ser o “desafiador”, aquele eu traz o desequilíbrio, ou seja, pode desafiar o aluno para aprender, tendo em mente ainda que poderá, o professor, não se limitar à bibliografia inserida em um tablet, e sim respeitar o funcionamento e a variação da capacidade cognitiva dos alunos.
Inclusive, Lopes (2016), também aborda o fato de que não são suficientes as mídias digitais para que o professor, em sala, se ampare nas mesmas para viabilizar o aprendizado, é preciso provocar o professor, e expõe que embora os professores tenham sido expostos às mídias digitais, o uso das mesmas não era garantido.
Entendo, assim, que ambos convergem para o entendimento da sensibilização para o uso de tecnologias como elemento catalisador ou facilitador do aprendizado somente a partir, tanto da sensibilização do aluno, como do próprio docente.
É interessante também observar que, de comum, a forma como o aluno não é “provocado” em sala, também reproduz um distanciamento do próprio professor ao uso da tecnologia para educar.
E, em um ambiente cuja contexto que se caracteriza como uma inteligência coletiva, a qual não se atém como uma posse de conhecimento mas uma construção e aquisição de conhecimento, como afirma Jenkins (2009), o aprendizado nesta cultura, deve ser estimulado através da mediação posto que o dinamismo do contexto opera de maneira constante, e cada vez mais rápido.
A Internet, por exemplo, mudou e se apropriou de uma atenção, a partir da capacidade de “provocação” constante do indivíduo, com mais capacidade, com mais conteúdo, com mais inovação, conforme expõe ambas as versões da música “Internet”, pelo cantor e compositor Gilberto Gil, se antes a “web” era fonte de consulta, agora, é fonte de construção.

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