Cultura
Digital (por
Cristina Aguila Lima)
Trata-se
de uma cultura contemporânea e inclusiva, onde não importa a sua idade, estado
civil, gênero, escolaridade ou
conhecimento. Para acessá-la, basta ter vontade de se comunicar, de obter e/ou transmitir conhecimento e ter um meio de
acesso ao mundo digital, seja através de um computador, smartphone ou outra
ferramenta.
Inteligência Coletiva - É toda forma de pensar e
compartilhar seus conhecimentos por meio de recursos mecânicos como a internet
ou jornais ou revistas. Usando o exemplo da internet, podemos considerar o site
Wikipedia, que tem conteúdos construídos pelos próprios usuários que interagem
e acessam a página. Baseando-se nesta informação, podemos afirmar que ela é um
princípio em que as inteligências individuais são somadas e compartilhadas por
um grupo de pessoas ou pela sociedade como um todo e ganhou muita força a
partir do desenvolvimento de novas tecnologias de comunicação.
Cultura Participativa – Trata-se de termo criado por Henry Jenkins em seu livro A Cultura da Convergência,
no qual ele demonstra que cada vez mais com o auxílio da internet,
deixamos de ser meros receptores passivos, e passamos a exercer a produção
de conhecimentos, a disseminar de informações e ideias, fazermos ações
coletivas em prol da soluções de problemas, entre outros, ou seja temos,
através da internet, uma voz participativa e influente.
Convergência de Meios – Este conceito foi desenvolvido por Henry Jenkins,
autor do livro “A Cultura da Convergência”. Seu significado pode ser entendido
de duas formas: A primeira foca no segmento tecnológico e usa como exemplo
os aparelhos eletrônicos que, além de sua funcionalidade básica, desempenham
várias outras funções. Citamos como exemplo um smartphone. (possui tem
rádio, televisão, jogos tipo videogame e, também, escuta músicas em
formato digital ou envia mensagens de texto). Já a segunda compreende
tanto as novas relações das indústrias de mídia/marketing quanto o seu vínculo
com os consumidores. Isso porque,
ao trabalharem com os mesmos produtos, elas são obrigadas a se relacionar mais,
fazendo com que as pessoas deixem de apenas
consumir as informações que lhe são destinadas e começam a também emitir suas
opiniões.
Sobre as
versões da música "Pela Internet" de Gilberto Gil, apesar de ele
ainda usar as palavras gigabyte, website, homepage, jangada para velejar, observa-se
que a grande mudança da versão de 2016 é que a internet é um mundo que está em
uma constante renovação, que ocorrem de modo muito rápido e até diariamente. Se
na versão de 1996 ele falava sobre conexão, sobre facilitar a junção de ideias
ou opiniões de diferentes partes do mundo, a versão de 2016 fala que estamos
num mundo onde você pode ter tudo ou quase tudo na mão: pode-se comprar on line
qualquer coisa, seja aqui no Brasil ou fora daqui, que o que antes era mais
palpável, tornou-se mais abstrato, mais "nuvem", que a sua visão não
é mais somente na altura dos olhos, mas agora vemos do ar, através dos drones.
Pierre Lévy afirma que a inteligência coletiva serve de
interação social e que cada um possui uma inteligência acumulada das suas
vivências pessoais e que deve ser respeitado por isso. Ele também defende que a
inteligência coletiva não se limita apenas à exposição do conteúdo, seja
através de um fórum ou chat, mas num sentido mais amplo ela se representa na
capacidade de reconhecer o outro como um sujeito dotado de inteligência, que
possui um conhecimento potencializado. Partindo disso, os mais diferentes
saberes se complementando, sem
quaisquer discriminações, uma vez que admite seus conhecimentos e saberes
individuais como resultado de sua formação.
Já a cibercultura é um movimento social e cultural que
estabelece uma relação nova com o conhecimento e o saber, ou seja, apresenta
novas formas e possibilidades de se aprender e ensinar, retirando-as dos campos
comuns da realidade.
Baseando-me na opinião de Lévy, observo que apontei
justamente isso neste post, que temos, no mundo digital, uma inclusão ímpar e
uma troca/disponibilidade de informações e conhecimento sem precedentes.
Aluna Cristina Aguila Lima
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