domingo, 17 de fevereiro de 2019

Cultura Digital por Cristiane Arendt



Cultura Digital é um conceito relativamente novo, originário na era digital, tendo como objetivo a integração da realidade com o mundo virtual. Com a evolução constante das tecnologias e o acesso cada vez mais facilitado para todos os indivíduos da sociedade aos Smartphones e computadores pessoais, o acesso a novos meios de comunicação, conhecimento e produção foram popularizados, possibilitando novas oportunidades e caminhos em aspectos que permeiam nossa existência. Vivemos e compartilhamos nossas vidas e momentos no ambiente digital. Interagimos, fazemos mobilizações sociais, compartilhamos trabalhos artísticos, produzimos e divulgamos conteúdo entre tantas outras atividades todos os dias com nossos amigos ou pessoas totalmente desconhecidas por meio do digital. Todas essas experiências fazem parte do que chamamos de Cultura Digital. 

Inteligência coletiva é toda forma de pensar e compartilhar seus conhecimentos por meio de recursos mecânicos como a internet. O compartilhamento da memória, da percepção e da imaginação, resulta na aprendizagem coletiva e na troca de conhecimentos. A inteligência coletiva, portanto, é um princípio em que as inteligências individuais são somadas e compartilhadas por um grupo de pessoas ou pela sociedade como um todo. Trata-se de um conceito que foi potencializado e ganhou muita força a partir do desenvolvimento de novas tecnologias de comunicação.
A cultura participativa é uma expressão designada para representar a forma como a sociedade contemporânea desde o surgimento e adesão popular da Internet tem se distanciado cada vez mais da condição de receptora passiva. Passamos a ter voz participativa e influente, produzindo conhecimentos, disseminando informações e ideias, ações coletivas em prol das soluções de problemas, entre outros.
A convergência é uma forma de fazer a otimização dos processos e com isso ganhar qualidade de informação. É a fusão de várias tecnologias distintas como sistemas de áudio, TV, computador, rede de computadores, a telefonia, entre outros, que torna a convergência uma tendência forte e cada vez mais utilizada na comunicação.  Então, convergência é a capacidade de as plataformas de informação terem disponíveis serviços de voz, imagem, dados, sendo eles em instrumentos móveis (celulares, por exemplo) ou fixos (PCs) para a distribuição de informações.    

Gilberto Gil em Pela Internet cantava da sua vontade de estar na rede, das tecnologias que haviam na época, enviar e-mails para países distantes, bate-papos, velocidade de conexões e espaços de armazenamento.... Na música Pela Internet 2, ele apresenta muitas mudanças que ocorreram em 20 anos, mas ele parece perdido em meio a tanta tecnologia. Cada dia um novo aplicativo, ficando difícil acompanhar a rapidez das mudanças. Apesar disso, fica evidente que estamos presos na rede, uma vez dentro, não há como sair.

Segundo Lévy, a cibercultura aponta o conjunto de técnicas, práticas, atitudes, modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o ciberespaço. O termo ciberespaço especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informação que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. Neste sentido, estaríamos passando por um processo de universalização da cibercultura, na medida em que estamos dia-a-dia mais imersos nas novas relações de comunicação e produção de conhecimento que ela nos oferece.
Já a inteligência coletiva, segundo Lévy, é uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências.
Os conceitos de Lévy são cada vez mais adequados aos tempos eu vivemos:  cada dia surgem novas tecnologias e meios que permitem que muitas informações e saberes sejam compartilhados a todo momento, possibilitando aprendizados coletivos e aquisição de novos conhecimentos.

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