terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Cultura Digital por Alexandre dos Santos



Fazemos parte de uma rede gigantesca de pessoas onde a informação circula freneticamente e as experiências virtuais são cada vez mais intensas. Ora, quando um grupo de pessoas participam de um mesmo habito e normas onde suas ações e interações e representações convergem, podemos chamar isso de cultura. E se tratando de cultura digital, nada é estático devido as interações das pessoas onde cada uma delas são únicas, e tem à disposição um espaço para interagir, modificar e produzir juntas, novos conhecimentos.
Qualquer pessoa em qualquer lugar pode se apropriar desse espaço por meio de tecnologias onde a “manipulação” dos “bytes” e pixels servem para expressar seu pensamento, mostrar a realidade, produzir sonhos de consumo, fantasias e materializar ideias que não estão mais restritas só a um grupo seleto de “produtores” de informação ou conhecimento, para resolver problemas da sociedade.
É interessante notar que neste espaço o estimulo dos sentidos é cada vez mais intenso, e a comunicação eficaz está presa a esta necessidade. Se nós queremos comunicar, ou tornar comum uma informação ou conhecimento de maneira eficaz, a apropriação de meios que possibilitem experiencias com mais significado é extremamente importante. São vídeos, áudios, cinema, música, simulações virtuais, 3D, selfs, posts e etc, que passam necessariamente a fazer parte da vida cotidiana das pessoas. A experiencia a ser vivenciada passa pelos “bytes” e creio eu muitos pensam que o nosso cérebro não está preparado para isto e a impressão é que vai acontecer um “bug” a qualquer momento. SQN. Uma vez um professor de matemática falou o seguinte para seus alunos: “Nós não gostamos daquilo que não conhecemos”. Com esta frase, entendo que precisamos ser mais receptivos, mais abertos as interações humanas dentro desse ciberespaço e partilhar com os outros o que nós somos e temos de melhor para o bem comum.  
É interessante pensar também a necessidade de manter a constante atualização, seja das interfaces, seja da linguagem, da técnica, para se manter conectado. Você precisa de mais espaço virtual, você precisa de mais velocidade, você precisa de novos aplicativos ao mesmo tempo que deve manter os atuais sempre na última versão. Você precisa ganhar tempo que ao mesmo tempo será investido em novos gadgets. Muitas destas necessidades já são satisfeitas automaticamente. Parece que tudo contribui para que você continue interagindo com mais prazer e facilidades. A música de Gilberto Gil “pela internet” no intervalo de 20 anos tem nas entrelinhas essa constante e necessária atualização. Fora da internet a necessidade dessa atualização constante acontece? Me diga onde?
Diante disto, precisamos aprender a nos apropriar desta cultura digital de maneira que haja benefícios para todos, dentro de padrões éticos e morais que fomente o crescimento do conhecimento para resolução dos problemas do ser humano. Precisamos aprender a ser mais ponderados, mais seletivos com este mar de informações.  Precisamos aprender a educar e reeducar a nós mesmos e aos que estão conectados conosco. Precisamos aprender a usar os gadgets com mais propriedade e responsabilidade, aprimorando habilidades e adquirindo outras que possam beneficiar a nós e aos que estão a nossa volta. E neste aprendizado as pessoas vão se apropriando de ferramentas digitais para juntas construir conhecimento. 

Alexandre dos Santos

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