domingo, 17 de fevereiro de 2019

CULTURA DIGITAL por Alciana Paula Cunico

Vivemos e compartilhamos nossas vidas no ambiente digital. Interagimos, fazemos mobilizações sociais, compartilhamos trabalhos, entre tantas outras atividades todos os dias com nossos amigos ou pessoas desconhecidas, por meio do digital. Todas essas experiências fazem parte da Cultura Digital. Dessa forma, as diferentes maneiras de cultura digital acabam fazendo parte da rotina diária de todas as pessoas, o que fazemos que não usamos o “digital”?  Se cultura é o conhecimento, a arte, as crenças, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano, podemos entender que cultura digital inclui todas essas questões construídas e experiências compartilhadas no ambiente digital.
O processo da cultura digital vem se desenvolvendo a alguns anos. Podemos observar um pouco desta evolução através da música “Pela Internet” de Gilberto Gil, produzida no ano de 1996. Esta música ganhou uma nova versão 20 anos depois, e a evolução ocorrida ao longo deste período é perceptível na letra da música. Na primeira versão da música dá-se no início da era da cultura digital, onde estavam sendo criadas as primeiras páginas de internet, e-mails. No entanto, ainda não havia muitos modos de interação nesta fase inicial. A internet por muitas vezes não funcionava. Pouquíssimas pessoas tinham acesso era algo novo com muita perspectiva para o futuro.
Atualmente todas as pessoas tem acesso a esse universo digital. Com a infinidade de aplicativos e softwares, até mesmo o acesso à educação está mais facilitado, o que antes era burocrático, se tornou acessível com os cursos a distância. O nível de conhecimento é infinito e cada vez tende a crescer mais.
No entanto, uma dificuldade seria estimular os jovens, fascinados pelas redes sociais e jogos online, como podemos estimular dentro da cultura digital? O uso de tecnologias na educação permite tornar o ensino mais motivador, através do uso de ferramentas que permitem que o aluno participe ativamente de seu processo de aprendizagem. Devemos usar essas ferramentas a nosso favor.
Neste sentido podemos abordar a inteligência coletiva, que nada mais é que a somatória das inteligências individuais e compartilhadas por todos. Desenvolvido por Pierre Lévy, o conceito de inteligência coletiva possibilita o partilhamento da memória, da percepção e da imaginação, resultando na aprendizagem coletiva e na troca de conhecimentos.
O termo [ciberespaço] especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informação que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. Quanto ao neologismo ‘cibercultura’, especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço (LÉVY, 1999, p. 17).
Neste sentido, passamos por um processo de universalização da cibercultura, na medida em que estamos dia a dia mais imersos nas novas relações de comunicação e produção de conhecimento que ela nos oferece.
A Comunicação Social passou por uma considerável mudança nos últimos anos. Agora, a informação pode circular de forma intensa por diferentes canais, sistemas midiáticos e administrativos.
Outra tendência que acompanha o crescimento do ciberespaço é a virtualização. O autor utiliza um conceito de “virtual” que se distingue do senso comum, e até mesmo do termo técnico ou filosófico. Virtual não se opõe ao real, nem ao material. Ainda que não esteja fixo em nenhuma coordenada de tempo e espaço, o virtual existe, ele é real, mas está desterritorializado. Na verdade, ele ocupa apenas um espaço físico menor: o computador. Sendo assim, o computador se tornou mais que uma ferramenta de produção de sons, textos e imagens é um operador da virtualização.

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