A cultura digital pressupõe a
criação de cultura através das tecnologias digitais, trata de uma nova forma de
comunicar-se, de desenvolver-se, criar novos hábitos, comportamentos, forma de
viver. Na realidade é um conceito muito novo.
Na cultura digital a formação da inteligência
coletiva se dá exatamente pela possibilidade de compartilhar, trocar e
receber informações por diversos meios.
Inclusive a internet das coisas está levando tal comunicação a níveis antes só vislumbrados em filmes.
A partir de qualquer dispositivo somos
capazes de nos conectar à internet,
interagir e essas interações agregam-se, complementam-se ,
possibilitando a expansão a
multiplicação do conhecimento em uma velocidade ainda não mensurada.
Mas nem tudo são flores, se em 1996,
como canta Gilberto Gil, queríamos desesperadamente nos conectar, nos dias
atuais vivemos em um mundo absurdamente conectado, "presos na rede",
com excesso de informação, com imensas dificuldades de gerenciar, equilibrar
nossas demandas e desejos com nosso tempo. Mas esse processo é irreversível.
Caberá ao homem saber equilibrar os prós e
contras dessa nova cultura a cibercultura, como sustenta Pierre Lévy . Para ele
as características básicas da internet
são três:
A interconexão, ou
seja, todos os participantes da internet estão conectados entre si e
compartilhamos elos;
A formação de
comunidades, isso hoje é muito frequente, a formação de grupos com os mesmos
interesses, valores, estilos de vida;
A inteligência
coletiva, quando criamos um perfil, ou
nos fazemos presentes na rede de alguma forma, contribuímos com conteúdos, e vivenciamos novas experiências,
conhecimentos que não teríamos condições de acessar se não fosse por esse meio,
exemplo: visitar o museu do Louvre, acesso: https://www.louvre.fr/en/visites-en-ligne
Principalmente para Pierre
Lévy, a Internet deve ser explorada como
um recurso de educação, na atualidade,
no presente e não para futuro.
É fato que muito do que vemos acontecer hoje,
graças a cibercultura, nos assusta, pois é natural ao ser humano temer o que
não conhece, já vivenciamos isso
inúmeras vezes com novas tecnologias. O que precisamos agora, com essa
capacidade imensa de conexão, é utilizar tudo o que já evoluímos,
aprendemos a nosso favor. E assim quero
dizer, a favor da de uma sociedade mais justa e consciente, inclusive da fragilidade humana. Que viva em
harmonia com o universo e , principalmente com a natureza, pois ela muito
provavelmente resistirá sem nós, mas nós sem ela
não existimos.
Rosangela Luçoli
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