Cultura Digital por Francisco Borges
O conceito de Cultura
Digital não está consolidado. Aproxima-se de outros como “Sociedade da
Informação”, “Cibercultura”, “Revolução Digital”, “Era Digital”. Cada um deles,
utilizado por determinados autores, pensadores e ativistas, demarca esta época,
quando as relações humanas são fortemente mediadas por tecnologias e
comunicações digitais. Habilidade para comunicar ou mesclar qualquer produto
baseado em uma linguagem comum digital; Habilidade para comunicar desde o local
até o global em tempo real e, vice-versa, para poder diluir o processo de
interação; Existência de múltiplas modalidades de comunicação; Interconexão de
todas as redes digitalizadas de bases de dados; Capacidade de configurar todas
as configurações criando um novo sentido nas diferentes camadas do processo de
comunicação; Constituição gradual da mente coletiva pelo trabalho em rede,
mediante um conjunto e cérebros sem limite algum. A cultura digital é a cultura
da contemporaneidade.
A Inteligência Coletiva
é toda a forma de pensar e compartilhar seus conhecimentos por meio de recursos
mecânicos como a internet. Pierre Levy propõe o termo “Inteligência Coletiva”,
que se define por: “uma inteligência distribuída por toda parte,
incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma
mobilização efetiva das competências. Seu objetivo é a troca de conhecimento e
enriquecimento entre as pessoas.
Cultura Participativa
é uma expressão designada para representar a forma como a sociedade
contemporânea desde o surgimento e adesão popular da “internet” tem se
distanciado cada vez mais condição de receptora passiva. A Cultura
Participativa propiciada pelo caráter interativo da internet é uma mudança de
modo como as pessoas se relacionam com os meios de comunicação, o que faz com
que os papéis de produtores e consumidores de informação se alterem.
A Convergência da
Mídia é um conceito desenvolvido recentemente e designa uma tenência que os
meios de comunicação estão aderindo para poder se adaptar a internet, consiste
em usar este suporte como canal de distribuição de seu produto. Assim os outros
tipos de mídias podem ser encontrados na internet. Um fenômeno típico da
convergência midiática é o uso de conteúdo
em vídeo por empresas de jornais impressos nos seus sites, isso acontece pela
necessidade que o leitor tem de ver algum assunto com mais velocidade, e pela
facilidade que as novas tecnologias oferecem na hora de fazer um vídeo, pois em
tese qualquer pessoa com um celular ou uma câmera de vídeo é capaz de gerar
notícias, e isso ainda integra mais o leitor ao jornal pois esse muitas vezes é
o gerador desses vídeos. Outros exemplos, rádios, smartphones com isso
inserindo cada vez mais o internauta como produtor-consumidor de conteúdo.
Pela Internet
I
(1996) X Pela Internet II (2018): As
duas canções tratam da rede de comunicação existente no mundo e sugere a
importância dessa rede para a inclusão digital. Onde o autor, Gilberto Gil, nos
mostra que a tecnologia pode estar a serviço da tradição, sem brigar com ela,
pelo contrário, promovendo-a, acolhendo-a como um produto cultural, capaz de
enriquecer as relações humanas. Basicamente, comunicar-se com o mundo,
utilizando todas as ferramentas que a cibernética lhe dispõe, para fazer uma
grande viagem em volta do mundo, com isso mostrar até que ponto pode chegar a
comunicação virtual e que ela deve ser de livre acesso. Por exemplo, ao falar
em “infomar” e “infomaré” se refere ao mar de informações que a internet
possibilita com o acesso aos links para todos os cantos do mundo, desde Calcutá
(é a capital e maior cidade do estado de Bengala
Ocidental, na Índia) até Helsinque (a
capital da República da Finlândia e a maior cidade do país) em questão
de segundos.
A compreensão do conceito de Cibercultura
em Pierre Lévy pressupõe no primeiro
momento a compreensão de três conceitos: comunicação, informação e diálogo,
gerando a sociedade da comunicação, definida como uma sociedade que está
conectada por várias ferramentas tecnológicas, onde o planeta terra (nesse caso
a sociedade) está conectada, onde todas as pessoas se comunicam, sendo que o
universo virtual se apresenta tão presente quanto a realidade. Pierre Lévy também propõe o termo Inteligência Coletiva, que se define
por: uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada,
coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das
competências. Seu objetivo é a troca de conhecimento e enriquecimento entre as
pessoas.
A Cibercultura apresenta novas práticas, novos costumes com a
adoção ou inserção no nosso cotidiano dessas novas tecnologias. A internet
obedece a lógica da interconexão; a formação de comunidades de grupos de
interesse; na medida que vai a internet vai levando uma bagagem de cultura, com
isso possibilitando amplitude de compartilhamento de conteúdo; a internet deve
ser usada para a democratização do saber, com isso caracterizando a inteligência
coletiva.
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