terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Cultura Digital por Francisco P Borges



Cultura Digital por Francisco Borges

O conceito de Cultura Digital não está consolidado. Aproxima-se de outros como “Sociedade da Informação”, “Cibercultura”, “Revolução Digital”, “Era Digital”. Cada um deles, utilizado por determinados autores, pensadores e ativistas, demarca esta época, quando as relações humanas são fortemente mediadas por tecnologias e comunicações digitais. Habilidade para comunicar ou mesclar qualquer produto baseado em uma linguagem comum digital; Habilidade para comunicar desde o local até o global em tempo real e, vice-versa, para poder diluir o processo de interação; Existência de múltiplas modalidades de comunicação; Interconexão de todas as redes digitalizadas de bases de dados; Capacidade de configurar todas as configurações criando um novo sentido nas diferentes camadas do processo de comunicação; Constituição gradual da mente coletiva pelo trabalho em rede, mediante um conjunto e cérebros sem limite algum. A cultura digital é a cultura da contemporaneidade.
A Inteligência Coletiva é toda a forma de pensar e compartilhar seus conhecimentos por meio de recursos mecânicos como a internet. Pierre Levy propõe o termo “Inteligência Coletiva”, que se define por: “uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências. Seu objetivo é a troca de conhecimento e enriquecimento entre as pessoas.
Cultura Participativa é uma expressão designada para representar a forma como a sociedade contemporânea desde o surgimento e adesão popular da “internet” tem se distanciado cada vez mais condição de receptora passiva. A Cultura Participativa propiciada pelo caráter interativo da internet é uma mudança de modo como as pessoas se relacionam com os meios de comunicação, o que faz com que os papéis de produtores e consumidores de informação se alterem.
A Convergência da Mídia é um conceito desenvolvido recentemente e designa uma tenência que os meios de comunicação estão aderindo para poder se adaptar a internet, consiste em usar este suporte como canal de distribuição de seu produto. Assim os outros tipos de mídias podem ser encontrados na internet. Um fenômeno típico da convergência midiática é o uso de conteúdo em vídeo por empresas de jornais impressos nos seus sites, isso acontece pela necessidade que o leitor tem de ver algum assunto com mais velocidade, e pela facilidade que as novas tecnologias oferecem na hora de fazer um vídeo, pois em tese qualquer pessoa com um celular ou uma câmera de vídeo é capaz de gerar notícias, e isso ainda integra mais o leitor ao jornal pois esse muitas vezes é o gerador desses vídeos. Outros exemplos, rádios, smartphones com isso inserindo cada vez mais o internauta como produtor-consumidor de conteúdo.
Pela Internet I (1996) X Pela Internet II (2018): As duas canções tratam da rede de comunicação existente no mundo e sugere a importância dessa rede para a inclusão digital. Onde o autor, Gilberto Gil, nos mostra que a tecnologia pode estar a serviço da tradição, sem brigar com ela, pelo contrário, promovendo-a, acolhendo-a como um produto cultural, capaz de enriquecer as relações humanas. Basicamente, comunicar-se com o mundo, utilizando todas as ferramentas que a cibernética lhe dispõe, para fazer uma grande viagem em volta do mundo, com isso mostrar até que ponto pode chegar a comunicação virtual e que ela deve ser de livre acesso. Por exemplo, ao falar em “infomar” e “infomaré” se refere ao mar de informações que a internet possibilita com o acesso aos links para todos os cantos do mundo, desde Calcutá (é a capital e maior cidade do estado de Bengala Ocidental, na Índia) até Helsinque (a capital da República da Finlândia e a maior cidade do país) em questão de segundos.
A compreensão do conceito de Cibercultura em Pierre Lévy pressupõe no primeiro momento a compreensão de três conceitos: comunicação, informação e diálogo, gerando a sociedade da comunicação, definida como uma sociedade que está conectada por várias ferramentas tecnológicas, onde o planeta terra (nesse caso a sociedade) está conectada, onde todas as pessoas se comunicam, sendo que o universo virtual se apresenta tão presente quanto a realidade. Pierre Lévy também propõe o termo Inteligência Coletiva, que se define por: uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências. Seu objetivo é a troca de conhecimento e enriquecimento entre as pessoas.
A Cibercultura apresenta novas práticas, novos costumes com a adoção ou inserção no nosso cotidiano dessas novas tecnologias. A internet obedece a lógica da interconexão; a formação de comunidades de grupos de interesse; na medida que vai a internet vai levando uma bagagem de cultura, com isso possibilitando amplitude de compartilhamento de conteúdo; a internet deve ser usada para a democratização do saber, com isso caracterizando a inteligência coletiva.

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