sábado, 16 de fevereiro de 2019

Cultura Digital por Daiane Bido



Cultura Digital: Não é um conceito consolidado, pode ser pensada como uma cultura permeada pelas tecnologias, permitem uma comunicação digital, as novas sensibilidades e escritas quem permitem novas formas de comunicação. A cultura digital muda a forma de como nos comunicamos. Ela está ligada a sociedade, cultura e técnica. A sociedade que é formada por pessoas e trocas é condicionada pela técnica, um conjunto de artefatos, que é produzida dentro da cultura, conjunto de representações sócias.
Inteligência coletiva: pressupõe que todos contribuem com a construção do conhecimento. A inteligência coletiva é consolidada pelo coletivo. Alguns exemplos de redes sociais no qual são espaços onde há inteligência coletiva: a wikipedia, o Instagram.
Cultura participativa: é uma expressão designada para representar a forma como a sociedade contemporânea desde o surgimento e adesão popular da Internet tem se distanciado cada vez mais da condição de receptora passiva. É uma mudança no modo como as pessoas se relacionam com os meios de comunicação, o que faz com que os papéis de produtores e consumidores de informação se alterem.
Convergência de meios: não se trata necessariamente da junção de tecnologias ou artefatos, mas ocorre nos cérebros e nas interações sociais. A digitalização é o processo que criou condições para que fosse possível a convergência de meios. Esta, por sua vez, possibilita novas formas de participação e elaboração. A convergência de meios permite que o consumo das mídias seja transformado em produção e, por isso, incentiva a participação.
Relação entre as palavras utilizadas na música Pela Internet de Gilberto Gil em 1996 e a música produzida 20 anos depois: Na música de 1996 ele refere-se que gostaria de “criar web site, Fazer minha home-page, Com quantos gigabytes, Eu quero entrar na rede, Promover um debate, Juntar via Internet”. Já na música de 20 anos depois ele já “Criei meu website, Lancei minha homepage, Com 5 gigabytes, Meu novo website, Minha nova fanpage, Agora é terabyte, Que não acaba mais, Por mais que se deseje, Se o desejo agora é navegar”. Nesta música pode-se perceber que a 20 anos atrás a internet, redes sociais e todo esse meio digital que temos hoje ainda era um “sonho”, não se imagina que seria tão fácil ter acesso as tantas tecnologias e informações. Com a globalização, hoje é essencial termos em casa internet, os meios de comunicação e as informações são em tempo real, tudo se movimenta com muita rapidez e por diversos lugares. Os smartfhones são comuns entre as pessoas e até mesmo entre as crianças. É uma cultura digital que a sociedade foi sendo condicionada, por meio da técnica, para produzir essa cultura que temos hoje.
Cibercultura e inteligência coletiva na perspectiva de Pierre Lévy:
Inteligência coletiva: esse termo surgiu com o surgimento de novas tecnologias, como por exemplo a internet, ele diz respeito a inteligências individuais que são somadas e compartilhadas por toda a sociedade. Para Lévy, ela possibilita o compartilhamento da memória, da imaginação e da percepção, o que resulta na aprendizagem coletiva, troca de conhecimentos. As informações são cruzadas e então selecionadas por cada pessoa numa espécie de ecossistema de ideias. Para o autor, reconhecer a inteligência dos demais indivíduos e seu potencial faz parte da inteligência coletiva. Esse conceito estabelece uma relação com as tecnologias da inteligência, caracterizando-se pela nova forma de pensamento sustentável, através de conexões sociais que se tornam viáveis pela utilização das redes abertas de computação da internet. Lévy acredita que os seres humanos são incapazes de pensar sozinhos e sem o auxílio de alguma ferramenta.
Cibercultura: Segundo Pierre Lévy, “a cibercultura expressa o surgimento de um novo universal, diferente das formas que vieram antes dele no sentido de que ele se constrói sobre a indeterminação de um sentido global qualquer”. “É um movimento que oferece novas formas de comunicação, o que chama a atenção de milhares de pessoas pelo mundo”. A interconexão mundial de computadores forma a grande rede, na qual cada nó é fonte de heterogeneidade e diversidade de assuntos, abordagens e discussões, ambos em permanente renovação. O autor acredita que a cibercultura seja a herdeira legítima da filosofia das Luzes e difunde valores como fraternidade, igualdade e liberdade. Para ele, a rede é, antes de tudo, um instrumento de comunicação entre indivíduos, um lugar virtual no qual as comunidades ajudam seus membros a aprender o que querem saber.
O que o autor Pierre Lévy descreve sobre inteligência coletiva e cibercultura é sobre toda esse globalização que aconteceu, o que a anos atrás era apenas distante, hoje as novas tecnologias de informação alteraram o processo de comunicação, de produção. Hoje pode-se fazer tudo na internet e também tem de tudo, o que precisar está ao alcance de todos e com fácil acesso. A rede está em todos os lugares, as pessoas estão aprendendo a produzir, distribuir e reciclar os conteúdos disponíveis. A sociedade de hoje, e também futuramente se comunica e se relaciona cada vez mais por meio da internet, utilizando as tecnologias de comunicação. Percebe-se que cada vez mais o mais importante é ter o maior número de amigos nas redes sociais, ou ter o maior número de curtidas em publicações, mas o que, ao meu ver ainda é importante e indispensável, mesmo com toda essa nova era digital, que precisamos aprender a conviver e utilizá-la de forma correta e inteligente, é que não podemos esquecer do contato com as pessoas, a convivência social, a troca de informações e as relações pessoais. O importante é não se deixar levar pelo mundo virtual e se isolar do mundo real.

Cultura Digital por Daiane Bido


Fontes: https://www.cafecomsociologia.com/pierre-levy-conceitos-chave-cibercultura/
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/marketing/pierre-levy-a-inteligencia-coletiva-e-os-espacos-do-saber/56040


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